Os abrigos e asilos, criados para amparar pessoas de certas idades, proliferaram-se por todo o País, cujo intuito é tentar amenizar a situação das pessoas com idade avançada, que necessitam de cuidados e a família, muitas delas, não tem condições de prestar permanentemente esses cuidados, contratando os serviços daquelas organizações.
Nada mais justo, ao invés de deixá-los a mercê das intempéries da vida, sozinhos em casa no dia-a-dia.
Mas, o grande dilema e que a maioria das famílias deixa, exclusivamente, a essas organizações (abrigos e asilos), o destino da pessoa considerada “velha” e quase nunca aparecem para visita-la, nem mesmo nas datas de aniversário, dia natalino ou fins de ano.
Esquecem esses familiares que vieram de sua origem e que por eles foram criados, educados, alimentados e amados! Esquecem esses familiares que foram através deles que cresceram, receberam ensinamentos e acompanhamentos até se prepararem para cuidar de sua própria vida!
Agora pergunto: Se essas pessoas que lhes deram tudo isso com cuidado e amor, porque então deixa-las aos cuidados de terceiros? Por que não visita-las quando Albergadas ou Asiladas? Por que deixa-las a mercê e cuidados de pessoas estranhas a família?
Muitos idosos e velhos tem preferência por viver em asilos ou albergues porque voltam a conviver com pessoas da mesma geração, da mesma idade, que tem o mesmo linguajar, contam histórias de seu passado e se deliciam relembrando os momentos alegres e felizes que tiveram mesmo daqueles que lhes causaram aborrecimentos e dores. Mas, aí é que está a grandeza, a beleza, a delícia do recordar para viver!
Algumas são ali postas, não por vontade própria, visto que seus familiares, devido ao cotidiano, não conseguem conciliar o trabalho aos cuidados devidos, proporcionando- lhes, no abrigo ou asilo, uma melhor situação de viver.
Procure viver bem hoje porque o ontem foi outro dia e o que você fez de bom ontem, aprimore para que seja melhor empregado no futuro.
Se tiveres um bom passado, naturalmente o teu futuro será bem melhor. Lembre-se que sempre haverá uma luz no fim do túnel, uma luz que nos guiará no fim da vida, a caminho para o Céu.
Você que já completou 65 (sessenta e cinco) anos, aposentou-se e está em pleno vigor da vida, o que pretende fazer? Vai ficar em casa na ociosidade, vai continuar trabalhando ou vai aproveitar essa aposentadoria viajando, com o fim de visitar lugares que sempre desejou conhecer?
Se você estiver estabilizado financeiramente e a família estruturada, a melhor opção é viajar.
Reserve uma “boa grana” e vá se divertir, se possível, com a família, por uns 3(três) meses. No retorno, se desejar continuar trabalhando, que o faça, mas em sentido moderado e no máximo, um só período diário. O restante do tempo utilize para caminhadas, exercícios físicos em academias ou mesmo nas praças onde existem diversos aparelhos públicos.
Nas praças públicas existem também vários quiosques com mesinhas para jogos de cartas, damas, gamão, etc., cujo encontro com amigos ou novos amigos, será benéfico.
Não fique ocioso, leia livros, faça palavras cruzadas, escreva algumas histórias sobre sua vida, seu passado ou mesmo o que observa no cotidiano. Não se entregue vá a luta e continue sendo um idoso capaz, firme e forte até quando Deus quiser.
Mas, se você se aposentou por doença ou por qualquer outro tipo de incapacidade, você entrou mesmo no período da velhice!!!
Isto é mal! Porém, para tudo na vida haverá uma forma de se viver! Não desanime! Não se desespere!
Se seu médico ministrava ou ministra vários tipos de medicamentos, peça-lhe, após a aposentadoria, uma reavaliação e a possibilidade de redução de medicamentos usados diariamente. Talvez, com menos uso de medicamentos você venha até melhorar, visto que não mais se preocupa com a ida e vinda diária ao trabalho.
Mesmo na fragilidade do corpo, procure passear, fazer caminhadas, encontrar amigos nas praças, ler sempre, fazer “palavras cruzadas” para estimular o cérebro e, quem sabe, você deixará de ser um “velho” e passara a ser um “idoso”? Não desanime! Siga em frente pensando sempre no melhor. Não se entregue nunca! E na adversidade que, com força, coragem e fé, somos reabilitados para uma vida nova.
Esses meus conselhos, dirijo-os, também, a você mulher. Procure se adaptar aos paradigmas citados, realizando com suas amigas da mesma idade ou mais novas, trocando idéias, valorizando o que faz e o que pode fazer sozinha ou em grupos. Nesses grupos, os homens também podem ser incluídos.
Por Eudson Pinto da Silva