Um pouco da História da Socerj

No dia 06 de agosto de 1955, ocorreu na sede da Policlínica Geral do Rio de Janeiro uma reunião de médicos dedicados ao estudo das doenças do coração, com a finalidade de criar a Sociedade de Cardiologia do Distrito Federal, como uma seção regional da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) “no sentido de elevar e difundir a Cardiologia no Distrito Federal (Capital Federativa do Brasil) e colaborar no plano nacional com os esforços empreendimentos da SBC”. Quarenta e um médicos compartilharam desses ideais e assinaram a ata de fundação.

No mesmo mês, em 27 de agosto de 1955, teve lugar a 1ª Assembléia Geral Extraordinária e a 1ª Assembléia Geral Ordinária da Sociedade de Cardiologia do Distrito Federal, realizada no anfiteatro do 5º andar da Policlínica Geral do Rio de Janeiro, convocada com poderes para discutir e aprovar os estatutos da recém-criada Sociedade, bem como para eleger e empossar a sua primeira diretoria.

A Sociedade de Cardiologia do Distrito Federal teve que se adaptar às modificações ocorridas em 21 de abril de 1960, quando a capital do país foi transferida para o planalto central, com a fundação de Brasília por Juscelino Kubitscheck de Oliveira, e a transformação do antigo Distrito Federal em Estado da Guanabara. Assim, foi realizada em 08 de outubro de 1960, a 6ª Assembléia Geral Ordinária na sede do Sindicato dos Médicos do Município do Rio de Janeiro, passando a sociedade a se chamar Sociedade de Cardiologia do Estado da Guanabara. Esse nome permaneceu até a fusão dos Estados da Guanabara e Rio de Janeiro, realizada em 21 de abril de 1976, que também motivou em 24 de junho de 1976 a unificação das Sociedades de Cardiologia da Guanabara e a Fluminense, com a criação da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro – SOCERJ, nome que vigora até apresente data.

Em 1983, foi realizado o I Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro e, a partir de 1985, este passou a ter uma periodicidade anual. No ano de 2013 comemorou-se o 30º Congresso da SOCERJ que contou com cerca de 2200 participantes de diversos estados da federação. No ano de 2012 também foi comemorado o 10º Congresso Fluminense de Cardiologia que ocorre anualmente na exuberante cidade litorânea de Búzios e contou com cerca de 800 participantes.

Em 1988 foi editado o primeiro número da Revista da SOCERJ, publicação oficial para a divulgação da produção científica da cardiologia do estado e do país. Em 2010 seu nome foi modificado  para  Revista Brasileira de Cardiologia. Em 2013, completando 25 anos de existência, publica artigos originais, revisões, projetos de pesquisa, comunicações preliminares,  e relatos de caso, todos na área das ciências cardiovasculares, oriundos dos diferentes profissionais da área da saúde ou das ciências básicas. Todos os artigos são submetidos à avaliação pelos pares, de modo cego, pelos membros do Conselho Editorial ou revisores ad hoc.

Atualmente a Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro congrega cerca de 2500 sócios, 11 Departamentos e 6 Seções Regionais e realiza diversas atividades de educação continuada de forma presencial e a distância. Dentre elas se destaca o Programa de Educação Medica Continuada (PEMC), atividade intinerante nas diversas Regionais, Reuniões Científicas Mensais e o Curso de Reciclagem da SOCERJ que já se encontra em sua 22ª edição presencial e 2ª edição on line, no ano de 2013.

Referindo aos fundadores da SBC, vale a pena, evidenciar a influência do Rio de Janeiro na fundação da Sociedade Brasileira pois, dos 124 sócios-fundadores de todo o Brasil, 19 eram dessa cidade, naquela época constituindo o Distrito Federal. Logo após a fundação da SBC em Campinas, escolheu-se o Rio de Janeiro como sua sede permanente, não somente por ser a capital federal, como também pela importância dos médicos dessa cidade, sendo estabelecido que, por necessidade administrativa, o secretário-geral e o tesoureiro seriam sempre desta cidade.

A atual gestão da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro, capitaneada por sua presidente, Gláucia Maria Moraes de Oliveira, tem como  missão resgatar a importância da SOCERJ no cenário regional e nacional com foco na valorização do seu associado.  Essa diretoria busca dar continuidade ao sonho iniciado a cerca de 58 anos, por 41 cardiologistas, que acreditaram que a união de forças em torno de um ideal é capaz de construir uma sociedade duradoura que congrega as mentes e os corações cariocas e fluminenses, acreditando sempre no lema “O coração da SOCERJ é você”, cardiologista de nosso estado. E é por você que trabalhamos para que mais 50 anos consolidem os esforços de agregar mais 2500 novos sócios.

 

Por Dra. Gláucia Maria Moraes de Oliveira

 

Fonte: Albanesi Filho FM. 50 Anos de História da Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro:SOCERJ;2005

 

 

 

 

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