Mais Médicos – Menos Saúde de Qualidade

Acompanhamos em todos os jornais do país notícias de total desrespeito às leis instituídas pelo governo quando, por exemplo, tira a autonomia dos Conselhos de Medicina, legalmente criados em 1957 pela Lei nº 3.268, de formalizar o registro de médicos, sua função precípua além de, óbvio, gerenciar a ética médica e exigir um bom atendimento assistencial a todos, independente de posição social.

Outra grande falácia é a propalada necessidade de médicos para regiões remotas. Nem sequer se discutiu com as entidades médicas esta real necessidade, nem sobre a criação de meios de subsistência com salários dignos e infraestrutura adequada de modo a possibilitar que o profissional médico, aliado a uma equipe multiprofissional também instituída, preste medicina de qualidade. Estamos preocupados com o blá-blá-blá eleitoreiro, e queremos melhorar a qualidade de vida, promovendo saúde e salvando vidas com as condições mínimas para o diagnóstico e tratamento perfeito que as populações qualificadas como “miseráveis”, merecem.

A Ministra Gleisi, nem sabemos a que pasta pertence, afirmou na mídia que em 2014, teremos a criação de 11.000 novas vagas para cursos de medicina. Por que não cuidar das já existentes, que são muito ruins na sua grande maioria, ocupando o Brasil o segundo lugar em Escolas Médicas, perdendo apenas para a Índia? Até quando seremos obrigados a suportar estas falácias eleitoreiras, que empurram para o abismo desmoralizante nosso país, tratando a população de modo a piorar a sua saúde?

 

Por Dr. Serafim Borges

Diretor de Defesa Profissional da SOCERJ

Conselheiro Diretor do CREMERJ

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