O trombo no ventrículo esquerdo após o infarto agudo do miocárdio (IAM).

 

Artigo de revisão publicado em maio no JAMA Cardiology chama a atenção para um assunto importante: o trombo no ventrículo esquerdo após o infarto agudo do miocárdio (IAM). O artigo é de leitura fácil e repleto de recomendações consolidadas em diretrizes de Sociedades Internacionais de Cardiologia.

Alguns pontos importantes do artigo foram destacados por Debabrata Mukherjee no site da American College of Cardiologyhttp://bit.ly/2LBSOY0

Entre eles, destacamos: apesar de não ser tão comum como era no passado, o trombo do VE não é uma complicação rara do infarto agudo do miocárdio e está associado a tromboembolismo sistêmico.

Vários fatores parecem estar contribuindo para a redução na incidência de trombo no VE após infarto como: (1) maior utilização da angioplastia primária no tratamento do IAM – o que está associado a menores infartos, (2) maior uso de agentes neuro-hormonais que reduzem o remodelamento do VE, (3) menores taxas de disfunção do VE após o IAM, que determinam redução da cardiomiopatia isquêmica e (4) maior uso de combinações antitrombóticas mais eficazes.

Dados epidemiológicos contemporâneos sugerem que a incidência de trombos do VE, os quais são detectados usando as melhores modalidades de imagem, pode chegar a 15% em pacientes com infarto do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST) e até 25% em pacientes com infarto do miocárdio anterior.

A ecocardiografia transtorácica padrão (ETT) é tipicamente a modalidade de escolha para a detecção de trombose do VE e deve ser realizada dentro de 24 horas de internação naqueles com alto risco de trombo apical do VE (por exemplo, aqueles com IAM grande ou anterior ou que recebem reperfusão tardia). A Ressonância magnética deve ser empregada nos casos duvidosos pela sua maior acurácia.

Certos tipos de IAM merecem consideração de anticoagulação oral, como os IAMCSST associados a acinesia apical anterior ou discinesia, conforme orientação da diretriz da American College of Cardiology Foundation/American Heart Association (ACCF/AHA) de 2013.

A anticoagulação oral está indicada em pacientes pós-IAM em que o trombo do VE for detectado. As diretrizes de 2013 da ACCF/AHA STEMI recomendam a adição da terapia anticoagulante oral à terapia antiplaquetária dupla entre pacientes com IAMCSST e trombo assintomático do VE por um período mínimo de três meses.

Acesse o artigo “Left Ventricular Thrombus After Acute Myocardial Infarction Screening, Prevention, and Treatment” disponível no link: http://bit.ly/2Jce9sI

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