ESTUDO COMPASS (N ENGL J MED 2017; 377:1319-1330)

 

O objetivo deste estudo foi avaliar se a via da coagulação pode ser abordada de modo a reduzir desfechos cardiovasculares em pacientes com doença aterosclerótica estável. Foi um estudo duplo cego que randomizou 27.395 pacientes com doença aterosclerótica estável para um de três esquemas terapêuticos: 1) rivaroxaban (2,5 mg duas vezes ao dia) associado com aspirina (100 mg/dia), 2) rivaroxaban (5 mg duas vezes ao dia), ou 3) aspirina (100 mg/dia). O desfecho primário foi a combinação de morte cardiovascular, infarto do miocárdio e AVC. O estudo foi interrompido precocemente pelo resultado favorável do grupo rivaroxaban-aspirina.

O desfecho primário ocorreu em menor número de pacientes que fizeram uso de rivaroxaban-aspirina (4,1%) do que no grupo que utilizou aspirina isoladamente (5,4%). O melhor desempenho da associação rivaroxaban-aspirina foi associado a um excesso de sangramentos (3.1%) em comparação à aspirina isoladamente (1,9%).

A conclusão do estudo é de que a associação de rivaroban-aspirina leva a menor número de desfechos cardiovasculares , porém está associada a mais sangramentos.

Em um editorial que acompanha o artigo o Dr. Eugene Braunwald aponta que este é um grande passo para a trombocardiologia, que, na sua opinião deverá mudar os guidelines da prevenção de eventos cardiovasculares no futuro.

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