Uma das publicações mais comentadas em 2017 é a nova diretriz norte-americana de hipertensão arterial. O documento foi considerado polêmico pela adoção de recomendações que aumentam o número de pacientes que irão requerer tratamento medicamentoso e pela intensificação das metas de pressão arterial a serem alcançadas o que pode fazer com que mais medicamentos tenham que ser empregados. Os cinco pontos principais da nova diretriz são: 1) metodologia adequada para mensuração da pressão arterial, 2) nova classificação de hipertensão arterial que faz na prática o valor de sistólica de 130 mmHg e a diastólica de 80 mmHg se tornarem os divisores de águas entre os normotensos e os hipertensos; 3) nova abordagem para integrar a pressão arterial dentro de um risco cardiovascular para tomada de decisão terapêutica; 4) metas de tratamento com níveis de pressão arterial desejados mais baixos e 5) ênfase em mudança de estilo de vida como forma de controle da pressão arterial.