Efeitos do treinamento aeróbio intervalado ou contínuo: Quais são as relevantes variáveis do teste cardiopulmonar a serem estudadas na Reabilitação de coronariopatas?

Por: Ms. Gustavo Gonçalves Cardozo

– Educador Físico da Unidade de Reabilitação Cardiopulmonar da Clínica Total Care – AMIL (RJ).

– Pesquisador do Laboratório de Atividade Física e Promoção da Saúde (LABSAU-UERJ).

– Professor de Reabilitação Cardíaca e Envelhecimento do curso de Especialização em Geriatria e Gerontologia (UNATI) da Faculdade de Ciências Médicas da UERJ.

– Coordenador de Educação Física da SOCERJ.

e-mail:gutocardozo@gmail.com

 

O exercício físico é amplamente aceito como estratégia não medicamentosa para o tratamento e prevenção de doença da artéria coronária, em indivíduos que sofreram infarto agudo do miocárdio 1. Assim, diversos programas de reabilitação cardíaca com ênfase na prática do exercício físico foram desenvolvidos, com o propósito de trazer esses pacientes de volta às suas atividades diárias habituais. Esses programas são acompanhados por ações educacionais voltadas para mudanças no estilo de vida 2.

Os efeitos provocados pelo treinamento aeróbio têm grande valor no tratamento de coronariopatas 1, 3-6. Desse modo, formas de otimizar tais efeitos são debatidas, especialmente no que se refere à intensidade do treinamento. Estudos prévios investigaram os efeitos de treinamento aeróbio com diferentes intensidades, aplicado a indivíduos com doença da artéria coronária 3, 4, 6, insuficiência cardiaca ou disfunção ventricular esquerda 7-9. De forma geral, há evidências de que, em indivíduos saudáveis ou acometidos de doença cardiovascular, os aumentos da aptidão cardiorrespiratória e adaptações cardiovasculares ocorreriam mais efetivamente em grupos que treinam com alta intensidade quando comparados com aqueles que se exercitam com intensidades reduzidas ou moderadas 3, 7-10. Uma das formas de se alcançarem aumentos importantes da intensidade do exercício em sessões de treinamento aeróbio é realizá-lo de forma intervalada 9. Nesse tipo de abordagem, intercalam-se períodos de intensidade maior e menor, permitindo que os indivíduos com complicações cardiovasculares ou metabólicas cumpram fases curtas e sucessivas de esforços com intensidade elevada, o que não seria possível em sessões contínuas de exercício 11.

Há carência de estudos que tenham verificado os efeitos dessa estratégia de prescrição do exercício em pacientes coronariopatas, em algumas das principais variáveis cardiorrespiratórias. Wisloff e colaboradores 9, por exemplo, demonstraram  que o treinamento aeróbio intervalado de alta intensidade (90% do VO2pico) melhora a condição aeróbia e produz adaptações cardiorrespiratórias importantes em indivíduos com disfunção do ventrículo esquerdo e insuficiência cardíaca. Sendo assim, o modelo de treinamento intervalado pode ser superior ao contínuo, no que diz respeito ao aumento da condição aeróbia e à economia da função cardíaca 8.

Para Kemi 4, o treinamento aeróbio intervalado, apesar de ser uma boa estratégia para paper writer aumentar a intensidade de exercício, não teria relação custo-benefício ótima em virtude dos riscos associados ao exercício com alta intensidade, principalmente para indivíduos com doença coronariana. Por outro lado, se o treinamento aeróbio contínuo realizado em steady-state acarreta menor estresse cardiovascular, os efeitos induzidos pelo treinamento aeróbio intevalado parecem ser mais favoráveis e rápidos 3, 7-10. Sendo assim, há necessidade de se compararem estratégias de intervenção com exercício a partir desses dois métodos de treinamento, considerando segurança e efetividade das relações dose-resposta.

O consumo de oxigênio máximo (VO2máx) aferido em exercício de intensidade progressiva é considerado o índice mais confiável da aptidão cardiorrespiratória de pacientes com complicações cardiovasculares 12. Além disso, é aceito como um forte marcador de sobrevida em pacientes com insuficiência cardíaca 13. Usualmente, o VO2máx é aferido  ao longo de teste de exercício incremental, sendo identificado no  momento em que não se observa aumento adicional do consumo de oxigênio (platô), apesar de incremento da carga de esforço. No entanto, em indivíduos com doenças cardiovasculares, um platô verdadeiro do VO2 nem sempre é observado 14, de maneira que o valor mais alto (VO2 pico) ao final de teste cardiopulmonar de exercício (CPX) passou a ser mais utilizado como indicador da aptidão cardiorrespiratória máxima. A exemplo do VO2máx, o VO2 pico também é considerado como indicador de grande valor para o diagnóstico e prognóstico nas cardiopatias, inclusive na doença arterial coronariana.

Todavia, a medida do VO2 pico nas diversas cardiopatias parece sofrer influência direta de fatores motivacionais e características individuais que afetam o desempenho no teste cardiopulmonar 15. Assim, apesar do reconhecimento do papel do VO2 pico na avaliação diagnóstica e prognóstica de indivíduos com suspeita de doença cardiopulmonar 16, mais recentemente, outras variáveis como o equivalente ventilatório de oxigênio, a eficiência da curva do equivalente ventilatório de dióxido de carbono (VE/VCO2 slope16-21, a curva de eficiência do consumo de oxigênio (OUES) 16 e o pulso de oxigênio (O2p) 22, 23, têm sido apontadas como recursos cujo valor clínico diagnóstico e prognóstico seria igual ou até mesmo superior àquele atribuído ao VO2 pico 16.

A VE/VCO2 slope é uma variável obtida através da inclinação da curva do comportamento do VE/VCO2, quando se analisam as variáveis cardiorrespiratórias do teste cardiopulmonar. A VE/VCO2 slopeé associada à eficiência ventilatória durante a realização do CPX, pois traduz o comportamento da curva de dióxido de carbono que o indivíduo consegue liberar para o meio externo, a cada ventilação ou em um período curto de tempo, quando se analisam as variáveis cardiorrespiratórias.

Diversos estudos demonstraram que existe uma associação direta entre o aumento do valor da VE/VCO2 slope com a diminuição da sobrevida de cardiopatas 16-21. Tal fato revela a importância da análise desta variável para prognósticos clínicos 24. Defoor et al.  25 demonstraram que os estímulos aplicados em treinamento aeróbio seriam capazes de reduzir o valor da VE/VCO2 slope em indivíduos com coronariopatias. Todavia, não se investigou ainda se tal efeito poderia variar em função de diferentes metodologias de treinamento aeróbio.

A OUES é uma variável obtida através da inclinação da curva do comportamento da VE/VO2. Tanto a OUES quanto a VE/VCO2 slope são marcadoras da eficiência ventilatória durante a realização do CPX, pois traduzem o comportamento da curva de gases que o indivíduo consegue consumir ou eliminar a cada ventilação. Originalmente, Baba e colaboradores 26 calcularam a OUES valendo-se da seguinte fórmula: VO2 = a Log VE + b, onde ‘b’ representa o intercepto e ‘a’ representa o coeficiente de inclinação da curva. Neste estudo, demonstrou-se que os estágios submáximos da OUES apresentavam correlações elevadas com o VO2pico, sendo a OUES um bom parâmetro do CPX para estimar a eficiência cardiorrespiratória. Definia-se, então, uma variável útil para aplicação em pessoas com doença cardiovascular, já que uma grande parcela dessa população não consegue atingir o real consumo máximo de oxigênio 27.

Atualmente, a OUES vem sendo considerada como uma variável importante para tomadas de decisão clínica nas cardiopatias 16. Contudo, apesar do seu conhecido valor prognóstico em indivíduos com insuficiência cardíaca 16, apenas três estudos, segundo a revisão sistemática de Akkerman e colaboradores 28, observaram o comportamento do OUES em coronariopatas. Desses estudos, apenas o de Defoor e colaboradores 25 avaliou a influência do treinamento físico sobre seu comportamento. Logo, há margem para a realização de estudos adicionais para avaliar a influência de diferentes abordagens de treinamento físico sobre a OUES. Reforçando essa impressão, deve-se mencionar recente revisão sistemática, que não identificou a influência de diferentes modelos de treinamento aeróbio sobre a OUES 29.

O O2p pode ser considerado um importante marcador diagnóstico e prognóstico nas doenças cardiopulmonares, complementando informações do VO2 de pico para decisões clínicas em indivíduos com doenças cardiovasculares 22. O O2p é calculado através da razão entre o consumo de oxigênio e a frequência cardíaca, sendo que o consumo de oxigênio é determinado pelo produto entre débito cardíaco e diferença artério-venosa de oxigênio (Da-vO2) e a frequência cardíaca determinada pelo número de sístoles ventriculares esquerdas por minuto 30. O O2p é uma variável utilizada para medir a eficiência do consumo de oxigênio a cada batimento do coração. Logo, o O2p é um marcador do volume sistólico (VS) e Da-vO2, sendo expresso pela seguinte fórmula: O2p=VS x Da-vO2. Quando ocorre a redução do O2p com o aumento da magnitude do esforço no CPX, isso se deve provavelmente a uma diminuição da funcionalidade do ventrículo esquerdo em sístole 31. Esse fenômeno pode caracterizar um evento isquêmico do miocárdio 31. Sendo assim, qualquer estratégia utilizada para que não ocorra o declínio precoce do O2p em situação de esforço, parece ser bem aceita.

No que diz respeito às estratégias para elevar o O2p, apenas um estudo randomizado demonstrou que o O2p máximo, em indivíduos coronariopatas, sofreria elevação como efeito de diferentes métodos de treinamento aeróbio 6. Até a presente data, apenas um estudo verificou a morfologia da curva de O2p de coronariopatas em momentos distintos 32. Tal estudo não apresentou a metodologia de treinamento utilizada entre as avaliações. Por outro lado, até onde foi o esforço de revisão, nenhum estudo parece ter observado o comportamento da curva do pulso de oxigênio quando os indivíduos frequentavam um programa regular com treinamentos aeróbios distintos.

Numa revisão recente de Cornish e colaboradores 29, foi revelado que ainda são poucos os estudos que se propuseram a avaliar essas variáveis em coronariopatas, especialmente a OUES, VE/VCO2 slope e O2p, no que diz respeito à sua resposta ao treinamento aeróbio. Warburton e colaboradores 6, identificaram os efeitos de diferentes modelos de treinamento aeróbio sobre o O2p, demonstrando que o O2p máximo apresentou elevações maiores em indivíduos que alcançaram intensidades mais altas em suas sessões de treinamento, ou seja, realizando treinamento aeróbio de forma intervalada. Todavia, não foi identificado o efeito do treinamento aeróbio sobre o comportamento da curva de O2p no CPX. Com relação à VE/VCO2 slope, Hansen e colaboradores 33 demonstraram que o tipo de ergômetro pode alterar sua resposta em  coronariopatas, mas não mencionaram o quanto diferentes estratégias de treinamento aeróbio poderiam influenciá-la. No que diz respeito à OUES, não foi encontrado estudo que tenha descrito suas respostas a diferentes tipos de treinamento aeróbio.

Parece que ainda são obscuros os efeitos de diferentes formas de treinamento aeróbio sobre as relevantes variáveis cardiopulmonares (OUES, VE/VCO2 slope e O2p) de coronariopatas no CPX, o que possibilita um amplo objeto de investigação no âmbito da reabilitação de coronariopatas.

Referências

1.             Thompson PD. Exercise prescription and proscription for patients with coronary artery disease. Circulation. 2005;112(15):2354-2363.

2.             Moraes RS, Nóbrega ACL, Castro RRT, Negrão CE, Stein R, Serra SM, et al Diretriz de Reabilitação Cardíaca. Arq. Bras. Cardiol. 2005;84(5).

3.             Astengo M, Dahl A, Karlsson T, Mattsson-Hulten L, Wiklund O, Wennerblom B. Physical training after percutaneous coronary intervention in patients with stable angina: effects on working capacity, metabolism, and markers of inflammation. Eur J Cardiovasc Prev Rehabil. 2010;17(3):349-354.

4.             Kemi OJ, Wisloff U. High-intensity aerobic exercise training improves the heart in health and disease. J Cardiopulm Rehabil Prev. 2010;30(1):2-11.

5.             Soga Y, Yokoi H, Amemiya K, Iwabuchi M, Nobuyoshi M. Safety and efficacy of exercise training after coronary stenting in patients with stable coronary artery disease. Circ J. 2011;75(10):2379-2386.

6.             Warburton DE, McKenzie DC, Haykowsky MJ, Taylor A, Shoemaker P, Ignaszewski AP, Chan SY. Effectiveness of high-intensity interval training for the rehabilitation of patients with coronary artery disease. Am J Cardiol. 2005;95(9):1080-1084.

7.             Kim YJ, Shin YO, Bae JS, Lee JB, Ham JH, Son YJ, Kim JK, Kim C, Lee BK, Oh JK, Othman T, Min YK, Yang HM. Beneficial effects of cardiac rehabilitation and exercise after percutaneous coronary intervention on hsCRP and inflammatory cytokines in CAD patients. Pflugers Arch. 2008;455(6):1081-1088.

8.             Nilsson BB, Westheim A, Risberg MA. Effects of group-based high-intensity aerobic interval training in patients with chronic heart failure. Am J Cardiol. 2008;102(10):1361-1365.

9.             Wisloff U, Stoylen A, Loennechen JP, Bruvold M, Rognmo O, Haram PM, Tjonna AE, Helgerud J, Slordahl SA, Lee SJ, Videm V, Bye A, Smith GL, Najjar SM, Ellingsen O, Skjaerpe T. Superior cardiovascular effect of aerobic interval training versus moderate continuous training in heart failure patients: a randomized study. Circulation. 2007;115(24):3086-3094.

10.           Helgerud J, Hoydal K, Wang E, Karlsen T, Berg P, Bjerkaas M, Simonsen T, Helgesen C, Hjorth N, Bach R, Hoff J. Aerobic high-intensity intervals improve VO2max more than moderate training. Med Sci Sports Exerc. 2007;39(4):665-671.

11.           Kachouri M, Vandewalle H, Billat V, Huet M, Thomaidis M, Jousselin E, Monod H. Critical velocity of continuous and intermittent running exercise. An example of the limits of the critical power concept. Eur J Appl Physiol Occup Physiol. 1996;73(5):484-487.

12.           ACSM. ACSM’s Guidelines for Exercise Testing and Prescription American College of Sports Medicine. 8th ed; 2009.

13.           Fletcher GF, Balady G, Froelicher VF, Hartley LH, Haskell WL, Pollock ML. Exercise standards. A statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Writing Group. Circulation. 1995;91(2):580-615.

14.           Myers J, Walsh D, Buchanan N, Froelicher VF. Can maximal cardiopulmonary capacity be recognized by a plateau in oxygen uptake? Chest. 1989;96(6):1312-1316.

15.           Chua TP, Ponikowski P, Harrington D, Anker SD, Webb-Peploe K, Clark AL, Poole-Wilson PA, Coats AJ. Clinical correlates and prognostic significance of the ventilatory response to exercise in chronic heart failure. J Am Coll Cardiol. 1997;29(7):1585-1590.

16.           Myers J, Arena R, Dewey F, Bensimhon D, Abella J, Hsu L, Chase P, Guazzi M, Peberdy MA. A cardiopulmonary exercise testing score for predicting outcomes in patients with heart failure. Am Heart J. 2008;156(6):1177-1183.

17.           Arena R, Myers J, Abella J, Peberdy MA, Bensimhon D, Chase P, Guazzi M. Development of a ventilatory classification system in patients with heart failure. Circulation. 2007;115(18):2410-2417.

18.           Arena R, Myers J, Hsu L, Peberdy MA, Pinkstaff S, Bensimhon D, Chase P, Vicenzi M, Guazzi M. The minute ventilation/carbon dioxide production slope is prognostically superior to the oxygen uptake efficiency slope. J Card Fail. 2007;13(6):462-469.

19.           Francis DP, Shamim W, Davies LC, Piepoli MF, Ponikowski P, Anker SD, Coats AJ. Cardiopulmonary exercise testing for prognosis in chronic heart failure: continuous and independent prognostic value from VE/VCO(2)slope and peak VO(2). Eur Heart J. 2000;21(2):154-161.

20.           Kleber FX, Vietzke G, Wernecke KD, Bauer U, Opitz C, Wensel R, Sperfeld A, Glaser S. Impairment of ventilatory efficiency in heart failure: prognostic impact. Circulation. 2000;101(24):2803-2809.

21.           Ponikowski P, Francis DP, Piepoli MF, Davies LC, Chua TP, Davos CH, Florea V, Banasiak W, Poole-Wilson PA, Coats AJ, Anker SD. Enhanced ventilatory response to exercise in patients with chronic heart failure and preserved exercise tolerance: marker of abnormal cardiorespiratory reflex control and predictor of poor prognosis. Circulation. 2001;103(7):967-972.

22.           Oliveira RB, Myers J, Araujo CG, Abella J, Mandic S, Froelicher V. Maximal exercise oxygen pulse as a predictor of mortality among male veterans referred for exercise testing. Eur J Cardiovasc Prev Rehabil. 2009;16(3):358-364.

23.           Oliveira RB, Myers J, Araujo CG, Arena R, Mandic S, Bensimhon D, Abella J, Chase P, Guazzi M, Brubaker P, Moore B, Kitzman D, Peberdy MA. Does peak oxygen pulse complement peak oxygen uptake in risk stratifying patients with heart failure? Am J Cardiol. 2009;104(4):554-558.

24.           Tsurugaya H, Adachi H, Kurabayashi M, Ohshima S, Taniguchi K. Prognostic impact of ventilatory efficiency in heart disease patients with preserved exercise tolerance. Circ J. 2006;70(10):1332-1336.

25.           Defoor J, Schepers D, Reybrouck T, Fagard R, Vanhees L. Oxygen uptake efficiency slope in coronary artery disease: clinical use and response to training. Int J Sports Med. 2006;27(9):730-737.

26.           Baba R, Nagashima M, Goto M, Nagano Y, Yokota M, Tauchi N, Nishibata K. Oxygen uptake efficiency slope: a new index of cardiorespiratory functional reserve derived from the relation between oxygen uptake and minute ventilation during incremental exercise. J Am Coll Cardiol. 1996;28(6):1567-1572.

27.           Hollenberg M, Tager IB. Oxygen uptake efficiency slope: an index of exercise performance and cardiopulmonary reserve requiring only submaximal exercise. J Am Coll Cardiol. 2000;36(1):194-201.

28.           Akkerman M, van Brussel M, Hulzebos E, Vanhees L, Helders PJ, Takken T. The oxygen uptake efficiency slope: what do we know? J Cardiopulm Rehabil Prev. 2010;30(6):357-373.

29.           Cornish AK, Broadbent S, Cheema BS. Interval training for patients with coronary artery disease: a systematic review. Eur J Appl Physiol. 2011;111(4):579-589.

30.           Laukkanen JA, Kurl S, Salonen JT, Lakka TA, Rauramaa R. Peak oxygen pulse during exercise as a predictor for coronary heart disease and all cause death. Heart. 2006;92(9):1219-1224.

31.           Gibbons RJ, Balady GJ, Bricker JT, Chaitman BR, Fletcher GF, Froelicher VF, Mark DB, McCallister BD, Mooss AN, O’Reilly MG, Winters WL, Jr., Antman EM, Alpert JS, Faxon DP, Fuster V, Gregoratos G, Hiratzka LF, Jacobs AK, Russell RO, Smith SC, Jr. ACC/AHA 2002 guideline update for exercise testing: summary article: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines (Committee to Update the 1997 Exercise Testing Guidelines). Circulation. 2002;106(14):1883-1892.

 

Menu
Podemos te ajudar?