CASO Nº 10

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Trata-se de um caso muito comum da nossa prática médica em Cardiologia:  fomos procurados por uma colega pediatra, que, após fazer um exame clínico numa criança de 7 anos, observou, corretamente, que a mesma possuía um ritmo cardíaco irregular, solicitando nossa interpretação para afastar a possibilidade de fibrilação atrial.

A visão simples do traçado não permite o diagnóstico, pois evidencia a presença de ONDAS P antecedendo todos os batimentos QRS, com espaço PR mantido e dentro das condições fisioló-gicas para condução normal. Entretanto, os espaços R-R são visivelmente irregulares.

Isto se deve à ARRITMIA  SINUSAL RESPIRATÓRIA, comum nessa faixa de idade, onde a frequência cardíaca é aumentada na inspiração e diminuída na expiração, tratando-se, portan-to de fenômeno fisiológico.

 

CASO Nº 11

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Trata-se de um paciente do sexo masculino, de 52 anos, que apresenta, ao exame clínico de rotina, referência de cansaço fácil, a mínimos esforços, sem, no entanto, referir precordialgia. A realização do ECG se mostra altamente sugestiva de seu diagnóstico: o traçado nos mostra um importante INFRADESNIVELAMENTO DO SEGMENTO ST, de aproximadamente 5mm, observado nas derivações D2, D3, aVF, V2, V3, V4, V5 e V6, acompanhado de um desvio do ei-xo de QRS para a esquerda – + em D1 e – em aVF – , com precocidade de ondas R amplas nas derivações precordiais, vistas a partir de V2, o que caracteriza a SOBRECARGA VENTRICULAR ESQUERDA.

Considerando que o paciente alegava eventuais episódios de tonteiras e cefaleia, a anamnese se tornou praticamente conclusiva.

Esta visão clínico- eletrocardiográfica obriga o médico assistente a aferir a pressão arterial do paciente, que , no caso, encontrava-se a 210X150mmHg. Nas CRISES HIPERTENSIVAS, é comum a observação de uma imagem que sugere o sofrimento subendocárdico, como se houvesse um componente isquêmico em relação às disfunções hemodinâmicas produzidas pela doença.

A imagem é reversível com a compensação dos níveis tensionais, sem que, na grande maioria das vezes, ocorra evolução para áreas de necrose.

 

CASO TESTE Nº 12

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Trata-se de um paciente de 32 anos, do sexo masculino, que chega à sala de emergência de um hospital público, desorientado, taquipneico e anúrico , quadro iniciado há aproximadamente 24 horas. A família informa ao médico assistente ser portador de DOENÇA RENAL CRÔNICA.

O médico, embora não perceba nenhuma alteração do ritmo cardíaco, solicita a realização imediata do eletrocardiograma, que será extremamente útil no tratamento e até no salvamento de sua vida.

Perguntamos:

  1. Por que a realização do exame é tão importante no caso?
  2. Observando o traçado, o que se percebe de alteração digna de nota?
  3. Que exame o médico solicitaria para esclarecimento imediato e comprovação da gravidade do paciente?
  4. Qual a forma de tratamento mais imediata e que outras maneiras existem para se abordar o caso?

Aí está nosso teste da semana. Um grande abraço a todos. No próxima semana daremos as respostas.

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